quarta-feira, outubro 07, 2009

Não sou nada,
Nunca serei nada,
Não posso querer ser nada!
Aparte isso, tenho em mim todos os sonhos do Mundo!
Alberto Caeiro

terça-feira, setembro 15, 2009

Eu nasci sob circunstâncias
pouco usuais"
Benjamin Button

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.
Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

domingo, setembro 13, 2009

"Eu gosto de viver. Já me senti ferozmente, desesperadamente, agudamente infeliz, dilacerada pelo sofrimento, mas através de tudo ainda sei, com absoluta certeza, que estar viva é sensacional."
(Agatha Christie)

segunda-feira, março 23, 2009

Vivemos...


Vivemos. Rimos. Choramos.Gargalhamos. Sofremos. Sorrimos. Temos certezas com incertezas. Arrumamos sentimentos, ideias, sonhos, emoções, episódios.Vivemos. Sobrevivemos. Passa um ano. Verbalizamos. Rimos. Nova arrumação. Choramos. Há muito pó no ar. Passam dois. Mais uma camada de pó. Passam três. Outra camada. Tranquilos com a arrumação. Crescemos. Sorrimos. Vivemos. Verbalizamos. Constatamos.Reorganizamos o sótão. Levantamos pó. Ficamos quietinhos para não levantar mais. Sótão arrumado. Sorrimos. Rimos. Passam quatro. Verbalizamos. Tranquilos. Gargalhamos. Saudades. Voltamos a constatar. Mais uma brisa na camada compacta. Passam cinco. Brincamos.Saudades. Recordamos. Constatamos evidências. Uma rajada abriu a janela. O que julgamos arrumado, não está afinal. Talvez nunca tenha estado. Há muito pó no ar, mas conseguimos ver. Continuamos impávidos, mas pouco serenos. O pó deixa-nos imobilizados. Evidências. Certezas. Continuamos. Paralisados. Tristes com a certeza, que somos fracos. Vivemos.